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sábado, 18 de junio de 2011

Terceira semana nos EUA: mais sobre como a vida funciona aqui

Ontem fui cumprir as exigências de rotina para que as crianças possam ser matriculadas na terceira e décima séries (pois é, aqui é décima). Elas irão a colégios públicos, então, a escolha do colégio não fica a cargo do aluno ou de sua família: as crianças são designadas ao colégio que lhes corresponde segundo a zona em que vivem. Portanto, se você quiser que seu filho vá a uma boa escola, pesquise onde elas estão localizadas, a que zonas elas atendem, e mude-se pra lá. 
A pré-inscrição foi feita via internet: o Condado de Forsyth tem um site que aceita inscrição para os colégios do condado, com todas as informações possíveis e necessárias. Os pre-requisitos básicos informados na página web eram: comprovante de residência, cartão de vacinação reconhecido pelo Departamento de Saúde de Georgia, e exame dental, auditivo e visual em dia, também reconhecido por eles. Você pode fazer os exames onde quiser, mas eles tem que dar o "ok" deles ao que for reportado pelo médico.
Como aprendi aqui, a saúde publica não existe. Então, se bem o procedimento feito é para o ingresso em uma escola publica, e apesar de o serviço ser fornecido pelo Estado, você paga por ele. Paguei 25 dólares por cada uma, e fui atendida em um lugar limpo, organizado, relativamente novo, bem cuidado. As pessoas que aí trabalhavam falavam inglês e espanhol com perfeição e, pra minha surpresa, apesar das carteiras de vacinação das minhas filhas estarem escritas em dois idiomas diferentes (elas foram vacinadas tanto no Brasil quanto na Argentina), eles não tiveram qualquer problema para entender que vacinas elas tomaram, em quais datas, e transcrever pro relatório oficial deles. Também para a minha surpresa, mesmo sendo estrangeiras, eles não pediram nenhum tipo de tradução especial, nem carimbo daqui ou de lá, nem tive que esperar horas em uma fila sem fim. Liguei antes pra me informar, fui sem hora marcada, me atenderam e eu voltei pra casa uma hora depois com tudo que necessitava.
Minha experiência não foi a mesma para tirar a carteira de motorista. Geralmente, aos americanos e adolescentes que estão tirando carteira por primeira vez, é dado um horário que se agenda por telefone. Mas no caso de pessoas que já tem uma carteira de outro estado ou nação, é por ordem de chegada. Eu havia me informado antecipadamente por internet, mas não muito. Então fui, me pediram para que eu preenchesse um formulário, me deram uma senha e me pediram para aguardar. Apesar do lugar também ser do Governo, também ser limpo, arrumado e bem cuidado, havia muita gente esperando para ser atendido. A demora lá chega a ser de um dia inteiro, e as vezes, é preciso voltar no dia seguinte para fazer aquilo que não foi possível fazer no primeiro dia. Mas no momento da sua chegada eles te avisam, e te perguntam se você está disposto a esperar e correr o risco inclusive de não ser atendido naquele mesmo dia. Você escolhe. As pessoas que vão sem hora marcada começam a chegar 7:30 da manhã (o lugar abre as 8) para garantir que serão atendidas no mesmo dia, porque a prioridade é dos que estão agendados, e quem não está, será atendido se for possível.
Aqui nos EUA a carteira de motorista tem o mesmo valor de identidade a nivel nacional que tem no Brasil. Você está autorizado a dirigir com uma carteira que não seja da Georgia por até 30 dias. A partir disso, se for parado pela polícia, terá problemas. E mesmo sendo um motorista experiente, com carteira de outro país, eles não te dão a carteira de motorista local sem que você aprove duas provas teóricas e outra prática. As provas teóricas têm 20 perguntas cada uma, respondidas no computador, de múltipla escolha, e você tem direito a 5 erros em cada uma para ser aprovado. A prova prática é você e o instrutor no seu carro, primeiro no estacionamento do lugar, depois na estrada mesmo. O problema de tudo isso é que por mais experiente que você seja, se você for de outro lugar, as regras não são as mesmas, e ainda temos o idioma no meio, que é um fator complicador. No Brasil, por exemplo, para estacionar a gente liga o pisca-alerta. Aqui eu fui fazer a mesma coisa e o cara me perguntou o que eu estava fazendo: não devemos ligar o pisca-alerta aqui quando vamos estacionar o carro.
Enfim, fui aprovada tanto nas provas escritas quanto na prática. Mas tive que ir lá dois dias para conseguir completar todo o processo. Uma vez completado, na mesma hora te dão uma carteira provisória, com validade de 30 dias, e te avisam que a definitiva chegará pelo correio nas próximas 4 semanas. A minha chegou na semana seguinte. O serviço, ao final, também foi pago: 20 dólares, recebido com cartão de crédito, no final de todo o processo. Mas só se paga esse valor uma vez, na emissão da carteira. Se você fizer as provas e não aprovar, não te cobram nada: você tem que voltar na semana seguinte para tentar de novo.
Para tirar o Social Security Number, que é a sua identificação única e pessoal para tudo que se refere a crédito nos EUA, também foi mais fácil e rápido do que eu imaginava. Cada CEP tem um escritório que o atende. No nosso, não havia muita espera. Não tivemos que marcar horário nem chegar cedo. Chegamos as 3 da tarde, pegamos um número, fomos atendidos por uma senhora simpática que falava inglês e espanhol, e em meia hora já estávamos indo embora. Em 10 dias o cartão do Social Security chegou pelo Correio. Esse foi sem custo. 
Semana que vem irei ao colégio das crianças para terminar a inscrição delas. Aí terei que levar documentos traduzidos: certidão de nascimento, documento de guarda da Gabriella me autorizando a responder por ela na ausência do pai, comprovante de residência e os exames médicos que fizemos hoje. Para isso, tive que marcar hora. Em breve contarei como foi essa experiência...

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