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miércoles, 30 de marzo de 2011

Aninha, Juli, Carol ou Vero: mulheres reais buscando seus contos de fadas

Aninha está em busca de algo que ainda não sabe bem o que é. Com trinta e poucos anos, bem sucedida profissionalmente e independente, ela tem uma alma aventureira: busca um “nao-sei-o-que” em “nao-sei-onde”. Eu me arriscaria a dizer que o que ela busca é a ela mesma no amor, e em nome dele, cruza fronteiras e continentes, para encontra-lo, ainda que seja só por curtos espaços de tempo.
Seu sorriso não revela, mas ela já atravessou um casamento, uma separação e uma doença que quase lhe foi fatal. Já teve seu coração partido um milhão de vezes, já mudou de lugar, já viveu em outros idiomas e, de alguma forma, conseguiu manter o ar adolescente no olhar. Ela está sempre cantarolando alguma canção em algum idioma dos muitos que conhece, e sempre ativa, se movimentando, falando muito, te desejando o melhor. Se joga naquilo que vive, e por isso é julgada. Tem amigos que a adora e outros que nem a conhecem, mas que sempre tem mil e uma opiniões a seu respeito. Infelizmente, ela nasceu em um país machista, onde as aparências importam muito, mas ela insiste em viver sua vida a sua maneira, independente do que possam dizer os outros. Penso que, como quase todo mundo, ela só quer ser aceita em sua essência, e não abre mão disso. 
De vez em quando ela tem seus altos e baixos. De vez em quando, uma tristeza grita dentro dela, representada num amor que vai embora, ou num amor que nunca terminou de chegar. E da mesma forma que ela nos oferece suas gargalhadas mais felizes em publico, ela também derrama suas lágrimas diante de todos quando morre um de seus sonhos. Mas não se entrega: logo encontrará outra coisa ou outra pessoa com quem sonhar, e é isso que continua dando sentido ao seu caminhar.
E assim ela segue, participando de festas com amigos novos e antigos, viajando pelos lugares mais exóticos do mundo (as vezes sozinha, as vezes acompanhada), publicando suas fotos no Facebook, publicando trechos de músicas que refletem suas dores e suas esperanças, dividindo sua vida e buscando companhia entre amigos virtuais e reais.
Ela ainda não encontrou a paz e a tranqüilidade interior que busca para essa angústia que as vezes emerge. Não sabe ainda onde nem como encontrar, mas não desiste de buscar. E a gente, de longe, vai observando, imaginando quando será a próxima vez que ela vai aparecer com aquele sorrisão moleque de novo, torcendo pra que ela encontre o que busca, e rezando para que esse encontro não a faça perder essa espontaneidade e intensidade que lhes são características, porque é isso que a faz ser quem é. 
Aninha é um personagem real disfarçado por um pseudônimo porque, na verdade, ela poderia se chamar Vero, Carol, Juju ou Juli. O que importa não é quem é Aninha, mas sim quantas mulheres vivem em segredo o que Aninha representa publicamente.

Para Aninha e todas essas milhões de anônimas que ela representa, eu desejo que um dia elas possam se encontrar, sem nunca perder a espontaneidade e a alegria do olhar. E espero que elas em algum momento descubram que a felicidade e a paz interior resultam da aceitação de que a vida não é um conto de fadas, mas pode ser vivida com muitos finais felizes, ainda que entremeada por algumas lágrimas e momentos tristes.

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