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viernes, 12 de noviembre de 2010

Fazer o que se gosta

Um direito que creio ter ganhado com a idade foi o de fazer aquilo que gosto. Corrijo-me: não sei se é uma questão de idade. Sei que muita gente tem a minha idade, ou mais, e continua fazendo aquilo que não gosta, por razões que (algumas vezes) nem elas mesmas sabem quais são. Ou sabiam um dia, e esqueceram. Ou nunca souberam. Mas quando digo que conquistei esse direito, me refiro a uma conquista interna, essa que só nos mesmos podemos nos autorizar a fazer, porque conheço pessoas que mesmo com toda a condição financeira do mundo, não conseguem deixar de se maltratar fazendo aquilo que não gosta.

Se passo minha vida em revista, me dou conta que cada elemento nela presente hoje é resultado de uma escolha minha. E sei, vejo, que cada um desses elementos tem partes que me agradam e outras que nem tanto, mas mesmo as partes do "nem tanto" continuam me agradando quando percebo que eles formam um todo maior que sim, me agrada, e muito, quando vejo que as partes que não gosto são partes de um todo maior que eu continuaria escolhendo para ser parte da minha vida. Exemplo: a minha faculdade de Psicologia! Essa faculdade foi um sonho durante muito tempo, daqueles que a gente tem e pensa que não vai realizar mais, sabe? Eu estava sinceramente conformada em deixá-la ai, nessa categoria de "sonhos inalcançáveis" que, creio, todo mundo tem. E hoje, quando finalmente me dei o direito de realiza-lo, me pergunto como pude ficar tanto tempo sem isso. 

Apesar disso, há partes nessa escolha que eu odeio, como os exames, por exemplo. Quando tenho algum exame, reclamo, me queixo, me torno insuportável... Mas em algum momento me lembro que eles também são parte da minha escolha, e isso os torna mais "leves" pra mim.

E não é assim com tudo na vida? Nosso companheiro de jornada é maravilhoso, mas voce odeia quando ele não te escuta porque tá olhando o futebol na TV. E aquela sua amiga, super parceira, com quem voce pode contar pros bons e pros maus momentos, seria perfeita se não tivesse um ataque de perereca sempre que fica sem noticias suas por 2 dias. Em ambas situações usadas como exemplo, a escolha vem com o seu lado bom e o seu lado ruim. Ainda assim, continuamos fazendo as mesmas escolhas, porque o saldo daquela decisão continua positivo. Costumo dizer que tudo tem que ser 51% positivo, 51% bom, só isso, nada mais. Mas se não valer a pena 51% do tempo, então eu to sofrendo tanto ou mais do que sendo feliz, e aí sim é hora de pular fora.

E, no final das contas, talvez seja só isso mesmo: em lugar de fazer só o que se gosta, já que nada na vida é 100% do tempo bom, talvez seja só uma questão de fazer o que se escolhe. Dizem por aí que todas as dificuldades ficam mais fáceis quando lembramos que o ruim daquilo que estamos vivendo também é nossa escolha. E se comenta a boca pequena que se a escolha for feita com o coração então, a alegria que sentimos mesmo quando estamos contrariados com alguma coisa, é impossível de renunciar! :-)

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