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domingo, 27 de marzo de 2011

Quanto vale uma pessoa? Meça seu valor pelos amigos que ela tem!

Minha mãe não consegue entender a fascinação que tenho pelos amigos da minha vida. E o fato de ela não conseguir entender isso acabou me levando a pensar sobre o porque de eu me sentir assim. Estou partindo de Buenos Aires, depois de quase 4 anos aqui, e sinto que se bem tive muitas conquistas materiais, o maior bem que levo são os amigos que fiz, essas pessoas que estão comigo quando estão do meu lado e mais ainda quando sabem que vou embora. Esses que estão presente presencialmente, por telefone ou por email, mas que, de alguma maneira, colocam o meu desejo e a minha felicidade na frente da felicidade deles mesmos. Eles não querem que eu vá, mas sabem que estou realizando o sonho da minha vida. Então, quando eu digo que não quero ir, eles me impulsionam para que eu vá, me lembram que eu estou realizando um sonho antigo, não deixam que eu me perca em reminiscências nem que eu me perca do meu objetivo. Amigos que estão comigo porque querem estar, não porque existem laços outros que os obriguem. Amigos, amigos, amigos.
Então, voltando a questão de “por que os amigos tem esse valor tão enorme pra mim?”, de tanto pensar, cheguei a uma conclusão: tem a ver com a escolha. Os amigos escolhem a gente e a gente os escolhe. Não temos nenhuma obrigação com eles, nem eles com a gente, só aquela que o nosso coração pede, manda, demanda. Se fazemos algo por eles, eles recebem com prazer. Se não fazemos, eles podem ficar tristes, certamente ficarão, mas continuarão te escolhendo, se acharem que você vale a pena. Estamos juntos, porque assim decidimos. O amor da família é um amor que sempre está, e muitas vezes, nem isso. Somos família, mas... minha mãe teria me escolhido como filha? Espero que sim... mas sabemos que nem sempre nos escolhemos quando somos familiares. Já os amigos são uma escolha que fazemos, ou não, diariamente.
Acho até que comecei a ser uma melhor filha quando passei a me ver como amiga da minha mãe, não como filha. Como amigo, não há culpas nem obrigações. Como pais, filhos, irmãos, sim, a gente tem que lutar muito com uma série de culpas sobre coisas que “deveríamos fazer”. E a gente deveria sempre poder escolher as pessoas da vida da gente. Mesmo os filhos, pais, familiares. Não podemos escolher os vínculos, mas temos que construir e escolher os afetos. Eu espero que minhas filhas, quando cresçam, me escolham em suas vidas. Mas não espero que seja uma obrigação delas comigo porque eu lhes dei a vida. Então, trabalho nesses vínculos todos os dias, da hora que acordo a hora que vou dormir. Quero escolhe-las e ser escolhida por elas. Quero escolher e ser escolhida pelo meu marido todos os dias. Assim como escolho e continuo escolhendo meus amigos a cada amanhecer.
Não acredito que nada na vida esteja dado. Nada “é porque é”. Tudo é uma construção e uma escolha. Hoje eu digo que todas as pessoas que são parte da minha vida foram escolhidas por mim. Hoje eu me sinto muito mais próxima da minha mãe, mas não espero que ela me ame por ser minha mãe. Espero que ela me ame pelo ser humano que eu sou, e que deixe de me amar se eu deixar de ser um ser humano que a cuide, que se importa, que a escute. Ou que possa me perdoar quando eu não o fizer e continue me escolhendo por outras coisas boas que eu possa trazer a ela.
Talvez eu seja uma pessoa tão livre, que preciso me saber dona da minhas relações. E acho que todas as relações que são estabelecidas nessas bases, são mais saudáveis, são mais cuidadas e mais bem amadas. Acho que o valor de um ser humano é medido pelos vínculos que ele é capaz de construir, não por seu patrimônio nem por sua inteligência. Óbvio que esse é um texto de uma aquariana com Júpiter na casa 11 (casa dos amigos), haha. Ou seja, esse é um texto de alguém que acredita que os vínculos que estabelecemos por livre escolha, onde o amor espontâneo prevalece, são os melhores. Nem todo mundo vai concordar comigo. Mas... o que fazer? Essa sou eu! Me ame, ou me deixe! Será que é viável para quem me lê amar alguém assim? :-)

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