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martes, 31 de agosto de 2010

Vida de mulher é difícil pra caramba!

Ser mulher é um prazer. Mas é trabalhoso pra caramba. Outro dia, conversando com a minha psicóloga, eu falava sobre isso. Por causa dessa tendência que temos de tentar buscar entender o porquê detrás das coisas (sim, porque eu acho que essa é uma tendência feminina), acabamos tendo que entender os nossos problemas afetivos, as nossas atitudes “insanas” (que não são poucas) e também os problemas e atitudes daqueles que nos rodeiam. Ou será que sou só eu que faço isso? Porque sempre que uma amiga faz algo que eu não gosto, trato de explicar pra mim mesma o porquê disso (e muitas vezes, pra ela também). Quando meu marido faz algo contraditório, penso logo no motivo da sua atitude, ainda que no momento eu fique irada. E sinto que, muitas vezes, as pessoas em geral são mais “simples”, olham só pro óbvio, pro que está a olhos vistos, e deixam o resto de fora.

Já me propus ser assim. Juro que já tentei. Mas não consigo. Esta na minha natureza encontrar a razão por trás da aparência. Isso não me incomoda exatamente, apesar de, às vezes, me deixar esgotada física e mentalmente. Mas, porque as demais pessoas são mais objetivas do que eu, quando eu ajo de maneira que eu não consigo entender, ninguém mais tenta me explicar o que realmente me motivou. Se tiverem que se irritar comigo, se irritam; se tiverem que se ofender, se ofendem; se tiverem que se magoar, se magoam. Em outras palavras, e dizendo de forma mais simples, eu ajo com o mundo como se todos fossem minha filha de quase 15 anos, e eles agem exatamente da mesma forma comigo. É coerente, é verdade... mas, pra mim, nem sempre é justo. Ou, pelo menos, eu não sinto que seja.

E o que acontece, no final das contas, é que a gente (mulheres em geral, ou só eu, não sei) fica parecendo super independente, auto-suficiente, bem resolvida, quando, na verdade, somos apenas umas “raladoras incansáveis” da vida e das relações. Não sabemos nada de antemão, mas tentamos sempre saber. Nem sempre entendemos coisas óbvias, mas de repente estamos dando volta com as razoes por trás das razoes de coisas complicadas a beça. Mal conseguimos entender o turbilhão hormonal que sofremos uma vez por mês, com todas as implicações físicas e afetivas deste evento, mas tentamos explicar o mundo, cabeças regidas por outros corações, infâncias vividas por outras pessoas, e acho que, no fundo, só fazemos isso, porque essa é a maneira que encontramos de desculpar tudo, ou quase tudo, que nos machuca.

Excessivamente condescendentes? Pode ser... mas também pode ser um desejo profundo de acreditar na bondade por trás daquelas ações, as vezes mesquinhas, as vezes arrogantes, as vezes egoístas. Pode ser também só necessidade de manter nossa vida preservada: afinal, se entendermos e desculparmos, não precisaremos fazer nada a respeito, além de conversar e confiar numa mudança. “Em algum momento ele(a) vai entender que isso está errado...” Realmente, não vejo nada de puro, superior ou angelical nessa tendência a compreender. Acho humano. Ou melhor, acho feminino, demasiadamente feminina essa tendência a conservação, a maternalizar as pessoas que não são nossos filhos, a confiar, acreditar, esperar, e tentar se adaptar.

Isso é ruim? Não necessariamente. Mas que às vezes eu chego ao final do dia cansada pra caramba, isso é verdade...

7 comentarios:

Pitila dijo...

eu acho um saco ser mulher... me irrita passar pelas alterações hormonais mensais. Me irrita ficar carente e sentimental, me irrita ficar irritada...

me irrita ser obrigada a fazer cabelo, unha, maquiagem pra qualquer programinha médio um pouquinho fora do básico. Me irrita ter que fazer para o básico e tb para os grandes eventos.

Me irrita passar um dia inteiro em conflitos do tipo vou ou não vou" faço ou não faço"

Me irrita depilação a laser (estou na segunda sessão) e me irritam os excessos de pelos em lugares indesejados...

Se eu pudesse escolher, teria saco, testículos e um pau bem grande!

Desabafei! rs

Marcia Quitete Fervienza dijo...

Hahahaha!!

Esse seu super honesto desabafo será tema para outro post onde falarei das outras apurrinhações de ser mulher, rs...

Alessandra Oda dijo...

Demais! Conseguiu exprimir em palavras sentimentos que compartilho. E concordo plenamente quando diz "se entendermos e desculparmos, não precisaremos fazer nada a respeito, além de conversar e confiar numa mudança. “Em algum momento ele(a) vai entender que isso está errado...”!
Posso copiar na íntegra e colocar no meu blog, citando o seu?
Um beijo
Alessandra Oda

Marcia Quitete Fervienza dijo...

Que bom que voce gostou, Ale!! E que bom que voce se identifica com a mensagem do post!

Pode colocar no seu blog sim. Será um honra ser postada lá por voce! ;-)

Beijos!
Márcia

Malu dijo...

Realmente, mulher é um ser muito complexo. Identifiquei-me muito com suas palavras. Tento compreender as atitudes das pessoas, buscar uma razão para tudo, apesar de, muitas vezes, querer que os outros fiçam o mesmo comigo. E não fazem....Não é uma posição de vítima. É só um mecanismo de como as coisas funcionam.
Os homens parece que levam a vida com mais leveza. A natureza nos fez para se sejamos múltiplas, embora algumas mulheres (sabiamente ou não) tenham escolhido não variar muito seus papéis. E ainda temos que lidar com os hormônios que gritam dentro de nós.
No final das contas, apesar desse "caos" que somos, gosto de ser mulher. Sofremos por sermos mais sensíveis, maternais, mas também temos algumas vantagens por conta disso. Esse assunto é muito complexo....dá muito o que dizer...

Marcia Quitete Fervienza dijo...

É isso mesmo, Malu, ser mulher é quase uma "tarefa", rs... Mas tem seus beneficios também, ne? :-)

Alessandra Oda dijo...

Valeu.. to montando ele hoje.. assim que tiver pronto ei mando o link..... beijos e muita LUZ