Voce acredita em previsões? Eu não! De nenhum tipo: nem tarôt, nem I-Ching, nem leitura de mãos ou leitura da borra de café. Até agora, acredito na Astrologia porque ela ainda não deixou furo comigo (os astrólogos sim, a ferramenta, não!). Acredito nela, mas também não posso explicá-la. Quando me perguntam "mas como funciona?", o máximo que eu respondo é "por sincronicidade", pra usar uma explicação curta, que não explica muito, mas que é amplamente usada no meio! E geralmente essa nem é a minha resposta padrão. Muito sinceramente digo simples e objetivamente "não sei, só sei que realmente funciona!". E essa é a verdade mais transparente que eu encontro pra responder a quem me faz essa pergunta.
Voltando ao tema, não acredito em futuros pré-escritos, em destinos, em fatalidades, em métodos adivinhatórios. Acredito no ser humano e na sua capacidade de construir a sua própria vida, ponto! Mas é só eu me ver numa situação que entre em jogo algo que eu quero muito, ou temo muito, e que envolva espera, que eu apelo pra tudo: dados, sorte, nome no papel, tarôt, leitura de café... Qualquer coisa! E acredito que isso se deve ao fato de que todos nós precisamos ter (ou acreditar que temos) tudo sob controle, inclusive aquilo que não controlamos.
O que buscamos com esses métodos adivinhatórios, mesmo os menos crédulos, em situações "limites"? Uma resposta que tire a gente da nossa ansiedade, que nos acalme, que nos tranquilize. Um "sim", um "não", um "talvez", algo que nos tire da espera, que antecipe resultados, como se o futuro estivesse escrito e pudesse ser lido por alguém que está além da gente, como se o futuro tivesse um registro etéreo que alguns seres especiais pudessem ler em condições dadas, seguindo certos rituais. Como se o futuro não fosse uma criação diária e conjunta.
Odeio a vida monótona e previsível, mas odeio também a incerteza do porvir. Sou ansiosa! Odeio esperar! Conheço muita gente como eu. Atendo como astróloga muita gente que quer uma resposta que, se não for a que ela quer, continuará buscando outros meios até confirmar aquilo que deseja. Normal! E isso também é o legal dos métodos adivinhatórios: como não tem nada escrito em pedra, mesmo que a resposta pro que esperamos seja negativa, podemos continuar torcendo para que aquele método, ou o leitor daquele método, esteja errado. E se a resposta for positiva, podemos comemorar antecipadamente, relaxar um pouco, pelo menos por algumas horas, até sermos de novo assaltados pela ansiedade e pelo medo!
Talvez esteja nisso a magia do místico, do indecifrável: qualquer que seja a resposta nos acalmará, ou não, mas não será definitiva, até que a realidade venha e bata o martelo. E essa resposta, qualquer que seja, nos ajuda a continuar esperando. Que bom que inventaram essas coisas para distrair a gente enquanto a gente espera...!
Você acredita em métodos adivinhatórios? Eu não! Mas, as vezes, sim...
3 comentarios:
Acredito demais e incondicionalmente na Astrologia. Estudei bastante, mas não o suficiente, para até encontrar uma singela explicação. Tudo no Universo tem energia. Sentimos facilmente a interação de nossas energias com a influência da Lua em nossas vidas. O ciclo menstrual, período de gestação, influência nas marés e na agricultura, são alguns exemplos. Acredito que os outros planetas exercem a mesma energia sobre nós, sendo algumas de nível bem sutil,por serem mais lentos e estarem mais distantes da terra. E o nosso mapa astral é como se fosse a nossa fotografia tirada das constelações no exato momento em que damos a primeira respiração. É o nosso retrato do exato momento do nascimento, que indicará nossas tendências, fragilidades, dificuldades, em doze áreas de nossa vida. Muita coisa para dizer...Em resumo, o mapa astral é uma fonte inesgotável de autoconhecimento. Aprendi que quanto mais conscientes somos de nós mesmos, menos previsíveis somos à luz dos movimentos dos astros. Algumas previsões astrológicas que ouvi não se confirmaram. Creio que, em parte, pode ter sido por isso. É interessante que podemos passar a ter um controle sobre os acontecimentos de nossas vidas, quanto maior for o nosso autoconhecimento no estudo do mapa astral. Dificilmente, escapamos dos "fatos internos". É interessante perceber quando chegou o momento de focar ou mudar uma determinada área da vida, porque senão os fatos externos vão se encarregar disso, e muitas vezes de forma incômoda. Ter essa consciência possibilita que nós mesmos busquemos as formas de mudança, e ficamos menos sujeitas aos acontecimentos e previsões.
Não estou aqui para falar de astrologia. Marcia é astróloga !
Acredito que temos uma parte inexplorada dentro de nós mesmos, que são despertadas para algumas pessoas, e estas utilizam essa capacidade divinatória com o uso de algumas ferramentas (cartas tarot, buzios) e até mesmo da astrologia.
Com relação às artes divinatórias, grupo no qual eu não incluo a astrologia, difícil dizer que não acredito. Já busquei muitas respostas nessas linhas. Concluí que quase sempre não funcionam comigo, digo, só posso fazer essa afirmação com relação a minha pessoa. Os acontecimentos previstos não ocorreram.
Houve algumas exceções, poucas (que deram certo). Os motivos ainda estou tentando entender. Curiosamente isso ocorreu com pessoas com ótimas referências e que "acertaram" com todas pessoas conhecidas, menos comigo.
Concordo com Marcia : essas "consultas" tranquilizam, principalmente se ouvimos o que desejamos ouvir, diminuem a ansiedade. Atualmente, raramente busco esses caminhos. Conheço duas pessoas que têm esse tipo de poder divinatório e que trabalham muito com orações. Creio que por isso o resultado seja muito bom. Acredito no poder da oração com fé. Já tive várias comprovações desse poder na minha vida. Em alguns momentos da vida, senti que o meu único arrimo é a oração com fé.
Em resumo, o caminho é a espiritualidade e saber trabalhar o que é de verdade a espiritualidade. Não se há de confundir espiritualidade com essas linhas divinatórias, embora, não se possa descartar que, algumas vezes, possam ter pontos em comum. Não sei se consegui me expressar a contento. Esse assunto é muito complexo. Mas, não resisti em dar minha opinião.
Malu,
Acho que aqui voce identificou algo que eu venho tentando entender ha algum tempo sem sucesso: o que torna uns mais "susceptiveis" aos movimentos dos astros, outros menos? Acho que voce tem razao, acho realmente que é o auto-conhecimento que nos torna menos "vulneráveis" e "previsíveis". E concordo também 100% com voce, que dificilmente escapamos dos "fatos internos", mas se percebermos sozinhos quando chegou o momento de focar ou mudar uma determinada área da vida, os fatos externos ficam desprovidos de forca. Afinal, talvez seja só isso que eles queiram fazer: redirecionar a gente, nos colocar de volta no nosso caminho, e levar a gente para um nivel superior de amadurecimento. Realmente, ter essa consciência possibilita que nós mesmos busquemos as formas de mudança, e nos torna menos sujeitos aos acontecimentos e previsões.
Eu também nao tenho muita sorte com os métodos divinatórios, como tarot e outros. Só mesmo a astrologia me dá as respostas que promete.
Adorei seu comentário! Obrigada!!
Um beijo!
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